terça-feira, 26 de setembro de 2017

EUA estão "totalmente preparados" para opção militar "devastadora" na Coreia do Norte, diz Trump

Segundo presidente, opção militar não é a preferida, mas se for usada será devastadora.
Por G1
Os Estados Unidos estão "totalmente preparados" para uma opção militar na Coreia do Norte, afirmou o presidente Donald Trump nesta terça-feira (26) em coletiva de imprensa na Casa Branca ao lado do chefe do governo da Espanha, Mariano Rajoy. “Estamos totalmente preparados para a segunda opção, não é a opção preferida. Mas se tomarmos essa opção será devastador para a Coreia do Norte. Vamos chamá-la de opção militar”, disse Trump. "Se tivermos que tomar essa opção, nós vamos", afirmou. 
O presidente também disse que "é o momento para que todas as nações juntem esforços para isolar a Coreia do Norte". O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, disse que apoia a aprovação de novas sanções contra a Coreia do Norte, o que está sendo analisado pela União Europeia. "Expressei o total apoio do governo espanhol por aprovações de sanções (...) e também lembrei o presidente Trump que a Espanha tomou medidas para reduzir a diplomacia norte-coreana no nosso país", afirmou Rajoy. A relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte vive nas últimas semanas uma nova escalada na tensão, de maneira especial após dois mísseis sobrevoarem o Japão. 
O país já ameaçou usar armas nucleares para "afundar" o Japão e reduzir os Estados Unidos a "cinzas e escuridão" por apoiar a resolução e sanções do Conselho de Segurança da das Nações Unidas (ONU) contra o mais recente teste nuclear do regime norte-coreano. 
Novas sanções Pouco antes da coletiva de imprensa, o governo norte-americano divulgou que vai adotar novas sanções para punir oito bancos da Coreia do Norte e 26 funcionários dessas instituições que vivem no exterior. De acordo com a agência Associated Press, todos os bancos sancionados estão na Coreia do Norte. As 26 pessoas afetadas pelas sanções são naturais do país, e atuam como representantes de instituições norte-coreanas na Rússia, na China, na Líbia e nos Emirados Árabes Unidos. 
Segundo o secretário do Tersouro dos EUA, Steven Mnuchin, os Estados Unidos estão visando aqueles que "no mundo inteiro" facilitam as transações financeiras para a Coreia do Norte. Ainda de acordo com Mnuchin, as sanções fazem parte do esforço em isolar o país, que vem desenvolvendo um programa de armas e mísseis nucleares. 
As restrições se apoiam em uma ordem executiva assinada pelo presidente americano na semana passada, com o objetivo de atacar o acesso da Coreia do Norte ao sistema bancário internacional. 
Além da ordem executiva aprovada por Trump, que permite às autoridades norte-americanas impor sanções contra empresas e instituições financeiras que negociarem com a Coreia do Norte, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas recentemente aprovou punições mais severas para o país. Ameaças Na última sexta-feira (22) a Coreia do Norte ameaçou testar uma bomba de hidrogênio de escala sem precedentes sobre o oceano Pacífico. 
A ameaça acontece dias depois que Trump afirmou que vai "destruir o país caso não tenha outra escolha", em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas. 
Nesta segunda, o ministro de Relações da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, disse que Trump tinha declarado guerra ao seu país e que, diante disso, Pyongyang se reservava ao direito de tomar medidas, inclusive de abater bombardeiros norte-americanos, mesmo que eles não estejam sobrevoando a Coreia do Norte. Governo da Coreia do Norte acusa EUA de declararem guerra ao país Ri Yong Ho pareceu se referir a uma mensagem de Trump publicada no domingo no Twitter, na qual o americano dizia que ele e o líder Kim Jong Un "não estarão por aí por muito mais tempo!". 
"Acabei de ouvir o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte falar nas Nações Unidas. Se ele faz eco dos pensamentos do homenzinho do foguete [referindo-se a Kim Jong Un], eles não estarão por aí por muito mais tempo!", diz a mensagem.
Just heard Foreign Minister of North Korea speak at U.N. If he echoes thoughts of Little Rocket Man, they won't be around much longer!
No entanto, a Casa Branca negou que a mensagem tenha sido uma declaração de guerra e clasisficou a interpretação de Yong Ho como "absurda". 

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