quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Suspeito do assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda já está na delegacia

Veja a primeira imagem de ‘Júnior do Nenzin’ na delegacia de Barra do Corda.
O ex-candidato a prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa Filho, o “Júnior do Nenzim” ou “Vaqueiro da Barra”, de 47 anos, foi preso por volta das 6h desta sexta-feira (08) na casa de um amigo.
Neste momento “Nenzim do PV” está sob o poder da Polícia, na delegacia de Barra do Corda. O crime foi consumado na manhã de quarta-feira (6) e deixou perplexos os moradores.
“Júnior do PV”, como também era chamado, estava com o pai no momento do assassinato, foi acusado formalmente pela polícia por envolvimento no crime e teve sua prisão pedida ao juiz de Barra do Corda, Antônio Elias Queiroga Filho.
Já na delegacia, Manoel Mariano de Sousa Filho, também conhecido por outras três alcunhas: “Júnior do Nenzim”, “Vaqueiro da Barra” e “Nenzim do PV”..
Barra do Corda – Filho que roubou e matou Nenzin já está preso
A Polícia Civil prendeu, nas primeiras horas desta manhã, Manoel Mariano Júnior, acusado de haver assassinado o próprio pai, o pecuarista e ex-prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin, ex-prefeito de Barra do Corda e pai do deputado Rigo Teles. Ele foi preso na residência de um amigo, naquele município. Ele estava com a a prisão preventiva decretada desde ontem.

Após decisão da Justiça, a polícia prendeu, na noite de ontem, dois dos envolvidos na participação no assassinato, identificados como Luzivan, vaqueiro da fazenda de Nenzim, e David, que teria limpado o veículo do ex-prefeito antes da realização da perícia.

Três vezes prefeito de Barra do Corda, Nenzim foi assassinado na manhã de quarta-feira (6), quando estava dentro de um carro na zona rural do município, ao lado de Júnior do Nenzim. Na primeira versão do crime, descrita por Júnior, o ex-prefeito desceu do carro para urinar, quando teria sido abordado por dois homens, que estavam em uma motocicleta e efetuaram vários disparos. De acordo com o secretário de Segurança, Jefferson Portela, Júnior do Nenzim não prestou socorro imediato ao pai depois do crime.

“Ao invés de seguir diretamente para um hospital, o carro circulou no interior de um condomínio, e depois foi para a casa de uma terceira pessoa. Só depois disso, foram para o hospital. Foram 38 minutos para chegar na unidade médica, sendo que a distância para o local do crime era de cinco minutos. Isso chama a atenção”, afirmou o secretário.

Jefferson Portela revelou ainda que a versão inicial foi descartada com os resultados da perícia, que constataram um disparo de arma de fogo muito perto da vítima. O depoimento de Júnior do Nenzim também auxiliou na elucidação do crime.

“Na primeira observação do delegado Renílton, foi constatado que o disparo de arma de fogo foi proferido junto ao corpo da vítima, então ninguém atirou de longe. Esse disparo foi feito de dentro do veículo, atingindo a nuca da vítima. Ele (Júnior) disse ao delegado que não percebeu nada, nenhuma aproximação. Além disso, o carro parou do lado contrário de quem estacionaria para urinar, e ninguém desceu do veículo”, disse Portela.

A provável causa do assassinato de Nenzim foi a questão da venda de gado da fazenda da família, que era administrada por Júnior. O ex-prefeito de Barra do Corda teria notado uma irregularidade, e queria esclarecer isso com o filho, segundo as investigações da SSP.
ROUBANDO O PAI
“Algumas pessoas afirmaram, em depoimento registrado na delegacia de Barra do Corda, que o pai (Nenzim) fez uma conferência na fazenda. Eram 635 cabeças de gado, e agora só tinham 81. Os dois, Junior e Nenzim, iriam fazer a conferência”, revelou.
Diante desse cenário, informou Jefferson Portela, foi solicitado o mandado de busca e apreensão na residência de Júnior do Nenzim, além do mandado de prisão, que serão cumpridos a partir das 6h desta sexta-feira (8), como manda a lei. Depois desse horário, as polícias Civil e Militar entrarão no local.

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