domingo, 14 de outubro de 2018
PSL de Chico Carvalho e Maura Jorge se fortalecendo para o 2º turno com Bolsonaro
Como todo segundo turno é uma nova eleição, a disputa presidencial ganhas novos contornos e novas alianças. Os grupos que fazem oposição a Flávio Dino no Maranhão já se movimentam para serem “donos” da possível vitória de Jair Bolsonaro no próximo dia 28 e se fortalecerem junto ao governo federal.
O deputado estadual Adriano Sarney, em nome do grupo Sarney, declarou apoio ao presidenciável. Ricardo Murad também já pediu voto para o candidato do PSL. O senador Roberto Rocha também se declarou bolsonarista. Não resta dúvida que com a cláusula de barreira, muitos deputados cujos partidos não atingiram a meta irão mudar de legenda.
Um caso que chama atenção é do deputado federal eleito Eduardo Braide (PMN). O seu partido não atingiu a cláusula de barreira e elegeu dois deputados federais pelo Maranhão, sendo que o segundo é um pastor. Único candidato certo à prefeitura de São Luís em 2020, Braide parece ter como caminho quase certo o partido de Bolsonaro para se fortalecer para a prefeitura e reforçar a tese “antipolítica”, que, por mais que não seja real, é a mesma que coloca Bolsonaro na condição de favorito à presidência.
Braide não falou claramente sobre o tema, mas é o caminho natural. Questionado sobre a cláusula de barreira, Braide disse que o plano A é que o PMN se funda com outros partidos pequenos para chegar ao patamar. E quando questionado sobre o segundo turno, disse que aguarda o posicionamento do seu partido. Não resta dúvida que a cúpula bolsonarista gostaria de ganhar dois deputados sendo um destes um dos mais votados do estado. E daria de bandeja o controle do PSL para Braide.
Maura deve perder espaço
Como a política não muda em caso de eleição de Bolsonaro, quem tem menos votos e menos liderança perde espaço. A disputa por ser dono de Bolsonaro já era grande entre Chico Carvalho e Maura Jorge. Agora, os dois deverão perder a condição que capitães do bolsonarismo no Maranhão.
O primeiro que deve perder muito poder é o presidente do PSL no Maranhão, vereador Francisco Carvalho. O vereador é há mais de uma década o presidente do partido e fez muito esforço pela campanha de rua de Bolsonaro. Mas como o partido agora se tornou o segundo maior do país, a tendência é que os grandes caciques tomem o espaço.
A candidata ao governo do estado derrotada Maura Jorge também não terá muito poder quando os caciques se apoderarem do bolsonarismo no Maranhão. Maura Jorge prometeu distribuir cargos federais aos seus com a eleição do presidente. O que não deve se confirmar. Aliás, a própria Maura só confirma o quanto a política bolsonarista é tão igual à mesma que sempre foi praticada prometendo cargos.
Enquanto Bolsonaro teve 25,28% dos votos dos maranhenses, Maura teve apenas 7,87%. E a fraca candidatura ao governo ajudou a baixar a votação do presidenciável no Maranhão. Dando assim, pouco poder de barganha para a ex-prefeita de Lago da Pedra, que ao invés de dar votos para Bolsonaro, tirou votos.
A bandeira bolsonarista na política vai se redesenhar nos próximos dias e principalmente a partir de um possível governo. O sistema político tradicional sempre se adapta à nova realidade, como fez na passagem da democracia para a ditadura e na volta para a democracia, com os caciques sempre ocupando os mesmos espaços de poder. E assim será. Quem tem poder, concentra poder. Com informações blogue do Clodoaldo Correa
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